Francisco Vieira, o Portuense

Vieira Portuense (1765-1805)

Retrato de Vieira Portuense, por Teixeira Barreto / Portrait of Vieira Portuense, by Teixeira Barreto

Francisco Vieira, filho de Domingos Francisco Vieira, conhecido droguista e pintor paisagista morador no Campo do Olival, e de Maria Joaquina, nasceu no Porto a 13 de Maio de 1765. Era irmão de Ana Paulina e de António José Vieira.

Não existem muitas referências documentais sobre a sua juventude. Pensa-se que terá aprendido a pintar com o pai e com os pintores João Glama Strobërle (1708-1792) e Jean Pillment (1728-1808) e que terá frequentado a Aula de Debuxo e Desenho do Porto.

A aprendizagem no ensino oficial iniciou-se em 1787, quando a 15 de Fevereiro se inscreveu como aluno extraordinário na recém-criada Aula Régia de Desenho, em Lisboa.

Dois anos mais tarde prosseguiu os estudos em Roma, financiado pela família e pela Feitoria Inglesa ou, muito provavelmente, pela Companhia Geral de Agricultura e das Vinhas do Alto Douro.

Nos anos que passou em Roma foi discípulo de Domenico Corvi (1721-1803) e obteve o 1.º prémio de Desenho no concurso da Academia do Nu do Capitólio (1789). Trocou inúmeras cartas com o seu patrono, D. João de Mello e Castro, embaixador português em Roma, e com o secretário deste, Augusto Molloy. Através desta correspondência ficámos a saber, por exemplo, que auferiu de uma pensão régia de 8 escudos romanos, aumentada em quatro escudos a partir de 1791 e que deu aulas a D. Isabel Juliana de Sousa Coutinho Monteiro Paim, esposa do embaixador português.

Fonte:U. Porto > Memória U.Porto > Biografia de Vieira Portuense

 

Vieira Portuense

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Francisco Vieira, que escolheu o nome artístico de Vieira Portuense (Porto, 13 de maio de 1765Funchal, 2 de maio de 1805) foi um pintor português, um dos introdutores do neoclassicismo na pintura portuguesa.

Um dos maiores pintores da sua geração, ocupando lugar destacado juntamente com Domingos Sequeira, Francisco Vieira Portuense, terá aprendido a pintar com o pai, dedicado à pintura de paisagens a par do ofício como drogueiro, e com os pintores João Glama Strobërle (1708-1792) e Jean Pillment (1728-1808). Presume-se ainda que terá frequentado a Aula de Debuxo e Desenho do Porto, antes de rumar a Lisboa, onde frequentou a Casa Pia[2] e a Aula Régia de Desenho[3]. A seguir prosseguiu os estudos em Roma, financiado pela família e pela Feitoria Inglesa ou, muito provavelmente, pela Companhia Geral de Agricultura e das Vinhas do Alto Douro[4]. Viajou por Itália, Alemanha, Áustria e Inglaterra antes de regressar a Portugal em 1800.

Nos anos que passou em Roma foi discípulo de Domenico Corvi (1721-1803) e obteve o 1.º prémio de Desenho no concurso da Academia do Nu do Capitólio (1789). Trocou inúmeras cartas com o seu patrono, D. João de Mello e Castro, embaixador português em Roma, e com o secretário deste, Augusto Molloy. Através desta correspondência ficámos a saber, por exemplo, que auferiu de uma pensão régia de 8 escudos romanos, aumentada em quatro escudos a partir de 1791 e que deu aulas a D. Isabel Juliana de Sousa Coutinho Monteiro Paim, esposa do embaixador português[5].

Contraiu tuberculose e mudou-se para a Madeira, em busca de melhoria do seu estado de saúde, mas acabou por falecer, sendo sepultado na Sé do Funchal. Lê-se, no seu assento de óbito, o seguinte: “(…) faleceu, repentinamente, na casa de pasto de Maria Watror, viúva, e Católica Romana (…)”.

Está representado no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa e Museu Nacional de Soares dos Reis no Porto.

Não confundir este pintor com o maior nome da pintura barroca setecentista portuguesa, Francisco Vieira de Matos, mais conhecido como Vieira Lusitano ou Apeles Lusitano.

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