Foi discípulo de André Gonçalves, de Domingos Nunes e de Parodi. Seguidor de Vieira Lusitano, de tal maneira o imitou que muitos chegaram a confundir as suas cópias com os originais1. Tendo sido um dos primeiros mestres da Academia do Nu, acabou por obter o tão desejado lugar de Mestre da Aula Régia de Desenho e Figura onde teve alunos que vieram a ser artistas de renome como Domingos de Sequeira, José da Cunha Taborda e o próprio filho, Joaquim Leonardo da Rocha. Citando Júlio de Jesus que acha que a pintura de Rocha não era das mais brilhantes, Pamplona considera que ele se impôs como bom desenhador e gravador notável2. E. Soares dá nota da produção deste pintor gravador: perto de cem quadros a óleo, de uma dúzia de desenhos e dez estampas abertas a água-forte3. Entre as obras que chegaram até nós, depois das muitas que se perderam, inclusive durante o Terramoto, incluem-se retratos e naturezas-mortas que Cirilo considera de toque magistral4.

1 MACHADO, Cirilo Volkmar – Colecção de Memórias, relativas às vidas dos Pintores, e Escultores, Architectos, e Gravadores Portuguezes, e dos estrangeiros, que estiverão em Portugal, recolhidas e ordenadas. Lisboa: Imprensa de Vitorino da Silva, 1823, nota 8, p. 116.2 PAMPLONA, Fernando de – Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses. 4ª edição. Lisboa: Livraria Civilização Editora, 1954-1959, nota 5, vol. V, p. 68.3 SOARES, Ernesto – História da gravura artística em Portugal: os artistas e as suas obras. Paris: [s.n], nota 4, vol. I, p. 522.4 MACHADO, op. cit., nota 8, p. 117.

Fonte: Museu Virtual, Belas Artes