Medalhão oval, de dupla face, composto por duas pinturas em miniatura montadas em molduras em ouro, protegidas por vidro, tematicamente alusivas a Joana Josefa Doroteia Felicidade Mazza Allen (1748-1783), mãe de João Allen.
Na outra face do medalhão surge, um tema relacionado com a morte de D. Joana, pintado a sépia. A cena desenrola-se no cemitério destacando-se, em primeiro plano e ao centro, um pedestal com o seguinte epitáfio:
“IN DEATH AS LAMENTED AS IN LIFE BELOV´[E] D”
(Na morte lamentada como na vida foi amada).
Este pendente está vinculado à categoria de Joia Sentimental, de natureza íntima e pessoal, cuja criação foi motivada pela circunstância de perda e destinado a perpetuar a lembrança de Joana Allen.
O objeto estabelece uma imortalidade simbólica, porque mantém viva a falecida através do seu retrato individual e fixa, simultaneamente, a lembrança e a saudade eterna dos seus entes queridos, personificadas pela representação dos seus doze filhos.
Desconhecem-se documentalmente as circunstâncias da sua encomenda, tal como o artista que executou cada uma das miniaturas. O retrato de Joana Allen, pelos detalhes do penteado, da indumentária e dos adereços que usa terá sido provavelmente executado entre 1775 e 1783, ano em que faleceu, com a idade de 34 anos.
A retratada, Joana, era filha de João Tomás Mazza (Giovanni-Tomaso Mazza – Músico da Real Câmara de Dom João V, primo do Papa Clemente XIV) e de Maria Catarina Júdice.
Nasceu em Lisboa a 4 de setembro de 1748. Casou também em Lisboa a 17 de maio de 1767 com Duarte Guilherme Allen – cônsul do rei da Grã-Bretanha, de quem teve doze filhos. Morreu após o parto do último filho, com apenas 34 anos de idade, a 26 de setembro de 1783.
[g-gallery gid=”5163″]