Há quase duas décadas que as tecnologias de realidade virtual (RV) são utilizadas no domínio do património cultural para diversos fins. A salvaguarda, a proteção e a fruição dos restos do passado ganharam um poderoso instrumento, graças às potencialidades da visualização imersiva e da reconstrução 3D de sítios e descobertas arqueológicas.
As aplicações RV baseadas nas tecnologias de videojogos cada vez mais avançadas são conhecidas pelo seu realismo e a sua interatividade fluida, mas o aprimoramento e a seleção das tecnologias mais adequadas continua a ser uma tarefa complexa, não só porque porque existe um grande número de dispositivos de hardware e software. Mas para além disto, a conceção de uma aplicação RV para ser utilizada em património cultural requer várias competências profissionais diferentes.
Este artigo será o primeiro de alguns artigos onde iremos explorar e apresenta estratégias para ultrapassar estes problemas, sugerindo algumas diretrizes para o desenvolvimento de sistemas de RV para o património cultural.