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Exposição João Allen
colecionar o mundo
EXPOSIÇÃO CONTINUAR A VIAGEM
Autor:Paulo Meireles João
Allen
COLECIONADOR ESTETA CONTINUAR A VIAGEM
Coleção
Singular
IRREVERÊNCIA CONTINUAR A VIAGEM
ALLEN 1781-1848

A História & Legado de João Allen, fundador do Primeiro Museu Nacional

João Allen, é o décimo primeiro filho de Duarte Guilherme Allen, nascido a 01 de maio de 1781, em Viana do Castelo, filho de um abastado comerciante, de vinho do Porto e têxteis, revelando desde tenra idade o gosto pelo desenho e pintura, indo com 12 anos estudar para os Estados Unidos da América. Regressa mais tarde a Portugal, aceitando o convite de sua irmã, Francisca Allen Sampayo, recentemente viúva, para se associar aos seus negócios. Isto acontece em pleno inicio das invasões francesas, onde Allen tem um papel ativo. Todos estes acontecimentos não o demoveram da sua grande paixão, o colecionismo. Livre das suas obrigações da guerra, inicia as suas viagens, em busca de arte, contactos e conhecimento. Homem com o prenúncio de modernidade, proteção do património aliado à educação, cria à sua imagem o Museu Allen.

 

Tradução
Quem foi João Allen

A merecida homenagem que o Museu Nacional dos Reis concebe a João Allen, traz a público o conhecimento da figura adormecida de uma Pessoa ilustre à cidade, fomentando curiosidades, abrindo caminho a mais estudos. O espólio deste legado é imenso, provavelmente a fabulosa pinoteca será a que terá mais impacto.

Exposição

João Allen
colecionar o mundo

Patente em 2018, de 24 de maio a 28 de outubro

Entrevista a Rui Morais

Comissário da Exposição

Inauguração

Nos 170 anos da morte de João Allen o Museu Nacional de Soares dos Reis pode concretizar um antigo projeto latente no Museu de fazer uma exposição de homenagem ao fundador de um dos dois museus do Porto que, no século XIX, foram prenúncio de modernidade e ligaram o colecionismo e a proteção do património com a investigação e a educação, o Museu Allen.

Tradução
Créditos fotográficos
Museu Nacional Soares dos Reis

Exposição João Allen -colecionar o mundo

Exposição João Allen -colecionar o mundo

Exposição João Allen -colecionar o mundo

Exposição João Allen -colecionar o mundo

Museu Allen

Edificado

O edificio que serve de Museu, é situado no fundo do jardim da casa em que mora o Sr. Allen: consta de tres salões iguaes de 22 palmos e meio de altura, 47 de comprimento, e 26 e meio de largura. A luz entra em todos elles por claraboias bem dispostos no tecto.

A primeira sala contém uma riquíssima collecção de conchas, entre as quaes algumas ha de muitissima estimação e que outros gabinetes publicos não possuem. Todos ellas estão colocadas por famílias, segundo o systema de Linneo com preferência ao de Lamarque. Vê-se alli quão caprichosa tem sido a Natureza tanto na figura como nas cores, que tem dado a certas conchas. Que assombrosa variedade ! Que delicadeza nas formas ! Que profusão, que viveza nos matizes ! Alem das conchas há também outras curiosas produções marítimas dignas da atenção d’um naturalista

Tradução

Conhecer o Museu

É inquestionável a riqueza do espólio, as referências de D. Urcullu remete-nos para salas repletas de tesouros e da visão de um Homem, que deixa um legado a todos os Portugueses, tanto histórico como cultural, não sendo visível num tempo próximo seja passado ou futuro outro igual.


Excerto do Tratado Elementar de Geografia Astronómica, Fizica, Histórica ou Politica, Antiga e Moderna, escrito por D.José Urcullu. Onde descreve o Museu Allen.

instituições históricas

O Primeiro Museu Privado em Portugal

Todos os domingos, João Allen abria a porta do seu Museu a quem o desejasse visitar, servindo o proprietário, graciosamente, de cicerone.

Peças em Exposição

Tradução
Museu Allen
S. Lázaro
MUSEU ALLEN

Museu Portuense

A  11 de Abril de 1852 o Museu abre suas portas ao público com um novo nome, Museu Por­tuense. A direção do museu fica a cargo de, Eduardo Augusto Allen, filho de João Allen, fundador da Companhia do Palácio de Cristal, sendo mais tarde honrado com o título de Visconde de Villar d’Allen.

Este, herda de seu pai o gosto pela arte, prosseguindo o crescimento e enriquecimento do museu. Passando a aquisição de peças, a ser feita por doações e compras através de cônsules espalhados pelo mundo.

Destino do Museu Allen

Exposição

João Allen - Colecionar o Mundo
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Ancorada nas coleções de arte do negociante João Allen, esteve patente no Museu Soares dos Reis de 29 de junho a 30 de setembro de 2018.

SÍNTESE DA EXPOSIÇÃO

O Grand Tour

João Allen

Grand Tourist

Em 1826, João Allen inicia o seu Grand Tour, já tardio devido à guerra, encontrando-se acompanhado por sua mulher, Leonor Carolina e irmã, Ermelinda, futura viscondessa da Regaleira. Os passos de Allen estão bem definidos pelo seu passaporte, peça central da exposição, João Allen – Colecionar o Mundo, emitido a 26 de setembro de 1826, em Paris.

Terá optado pelo verdadeiro Grand Tour, que seria uma viagem a Paris seguido de um circuito pelas principais cidades italianas, alargando as suas expectativas no encontro de artistas, peças de arte e objetos que para si seriam importantes e dignos de os agregar à sua coleção .

A viagem tivera que ser muito bem preparada, através de roteiros[1], tendo em consideração os meios de transporte, acomodações, festividades, locais e pessoas a visitar.


[1] . Estes roteiros adotavam múltiplas formas narrativas tais como contos, diários, correspondência, guias, entre outros.

Tradução
O Grand Tour

Explore a Coleção

Esta exposição trouxe a público muitas obras que se encontravam em arquivo e que à décadas não eram vistas pelo público em geral.

Sendo da diversidade da exposição que nasce o seu título, surgindo como uma metáfora, colecionar o mundo

Ver Coleção

Busto masculino, Início do XIX

Autor desconhecido

Busto de Gaio Júlio César, Início do século XIX

Giovanni Pichler

Busto de Safo, Início do XIX

Giovanni Pichler

Busto de Ájax, Início do XIX

Giovanni Pichler

Anjo, Início do XIX

Autor desconhecido

Busto de ninfa, Início do XIX

Autor desconhecido

Busto de Páris, Início do XIX

Autor desconhecido

Hermafrodita adormecido, Início do XIX

Autor desconhecido

Busto de imperador romano, Séculos XVIII-XIX

Autor desconhecido

ARTE DE LER

Artigos & Reflexões

20 de Novembro, 2020

O Primeiro Museu Privado em Portugal

Tradução D. José de Urcullu, primo e amigo de João Allen, é autor de artigos do jornal “O MUSEU PORTUENSE”, e

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24 de Novembro, 2020

Destino do Museu Allen

Aquando da morte de seu fundador, João Allen, a família decide fazer uma avaliação e colocar o Museu à venda, a

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24 de Novembro, 2020

O Grand Tour

O Grand Tour é uma viagem longa e morosa, um fenômeno social, entre a alta burguesia do século XVII e XIX,

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Projeto de Mestrado - Museum Web Exhibition

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SÍNTESE DA EXPOSIÇÃO

JOÃO ALLEN – COLECIONAR O MUNDO

Esta exposição trouxe a público muitas obras que se encontravam em arquivo e que à décadas não eram vistas pelo público em geral, nas palavras do comissário Costa Reis, – As pessoas ficaram maravilhadas!, – As pessoas estão sedentas por arte antiga!. Sendo da diversidade da exposição que nasce o seu título, surgindo como uma metáfora, colecionar o mundo, que advém da exposição não se ter centralizado somente na riquíssima pinacoteca de João Allen, mas em todo o espólio do Museu Allen/Museu Portuense, e na sua diversidade, mostrando a paixão de um Português. Todo este espólio foi organizado de forma consolidada, permitindo ao visitante percorrer o percurso da viagem realizada por João Allen, com recurso inclusive do registo dos cartões de visita, importantes, pois evidenciam a presença de Allen em locais e estabelecimentos, bem como contactos tidos por ele. A exposição encontrava-se recheada de peças, já descritas aqui por Urcullu, e outras que seriam um complemento ao Grand Tour, como a biblioteca portátil, peças estas maioritariamente do arquivo do MNSR e outras gentilmente cedidas para a exposição como por exemplo o cálice e paterna do século XVI, um conjunto de dois, que João Allen comprou ao convento de Arouca em 1834, atualmente pertencentes à Santa Casa da Misericórdia, evidenciando esta exposição através das peças expostas, exuberância, imponência e qualidade.

Cálice, em prata dourada e branca, fonte catalogo da exposição, fotografia©José Eduardo
Cálice, em prata dourada e branca, fonte catalogo da exposição, fotografia©José Eduardo

Destacado nas paredes da exposição obtínhamos conhecimento, em textos sucintos, com tradução em inglês, da biografia e excertos do Grand Tour de João Allen.  A homenagem, é evidenciada ainda por fortes títulos e textos que os acompanhavam tais como: musealização da coleção allen nos séculos XX e XXI, the museualisation of the allen collection on the 20th century ando n the 21st century.

Concentrados, os comissários tinham como principal preocupação, que a exposição tivesse coerência, dado à diversidade e quantidade de peças expostas, e que a homenagem pelos 170 anos a João Allen fosse notória (Meireles, 2020, min. 10.24), cumprindo-se assim um compromisso há muito sentido pelo MNSR.

Mural, João Allen - colecionar o mundo
Mural, João Allen - colecionar o mundo

Considerada pelo Dr. Costa Reis como uma das exposições da década para o MNSR, dado à sua dimensão e importância, teve o envolvimento de muitas pessoas, com um importante contributo de investigadores e dos descendentes da família Allen, que culminaram num importante estudo sobre João Allen e o Grand Tour, por ele realizado, epilogados num livro, um catálogo, sobre a exposição, João Allen – colecionar o mundo.

Servindo de base de investigação e como guia orientador na elaboração da exposição, esteve o passaporte de João Allen, peça central da exposição, perfeitamente preservado e minucioso das passagens e livres trânsitos concedidos a João Allen. Da coleção em si somente existem estudos parcelares, muito existe ainda a investigar, deixando aqui o MNSR, através do catalogo publicado a porta aberta a novos estudos (Meireles, 2020, min. 11 a 14).

A exposição “nasce de dentro para fora”, visto que grande parte das peças estão na posse do MNSR, considerada a pinacoteca como coleção principal, ela que molda de forma incontornável a exposição permanente, uma herança de tal forma importante que nos “puxa” para o neoclassicismo. Sem João Allen o MNSR não teria as pinturas do Vieira Portuense e de Domingos Sequeira (Meireles, 2020, min. 31.52).

A exposição esteve aberta ao público em geral, sem apresentação de serviços educativos, expondo mais de 250 peças, organizadas de um modo temático, exibindo não somente as peças adquiridas, mas também a irreverência, os interesses, o gosto e conhecimento enciclopédico do seu patrono, João Allen.

Existiriam atividades programadas, como visitas organizadas de modo a fomentar o conhecimento da obra exposta bem como o percurso de vida de João Allen. A 24 de maio de 2018 deu início o Congresso Internacional do Museu Eclético, com duração de dois dias, com o objetivo de lançar uma perspetiva comparativa entre o conceito de museu do século XVIII, até ao Museu Allen, com estudos, leituras e comentários do traço cronológico da evolução do Museu.